Ao olhar para as várias faces do Estado, fica claro que o futuro do agronegócio não se resume a uma única abordagem
No cenário diversificado do agronegócio em Mato Grosso do Sul, diferentes modalidades de pecuária se destacam, cada uma com suas particularidades e seus impactos. Contudo, ao olhar para as várias faces do Estado, fica claro que o futuro do agronegócio não se resume a uma única abordagem.
Dentro desse panorama, encontramos três principais modalidades de pecuária. A primeira se destaca pela integração lavoura-pecuária, uma sinergia entre atividades agrícolas e criação de gado.
Essa abordagem não apenas promove a diversificação da produção, mas também evidencia ganhos em desempenho animal e qualidade do solo. Ela se revela como uma possibilidade promissora de alinhar resultados do produtor com as demandas crescentes do mercado.
A segunda modalidade, tradicional nas regiões altas do Estado, abraça a criação e a recria de gado em diferentes categorias de terra.
Porém, a expansão das culturas de lavoura e de eucalipto começa a delimitar esses espaços, indicando uma transformação no uso da terra e uma potencial transição na atividade pecuária. Essa realidade levanta questionamentos sobre os impactos ecológicos e econômicos dessa mudança.
A terceira modalidade de pecuária encontra seu lar no Pantanal. A região, marcada por suas características únicas, como dificuldades de acesso, falta de infraestrutura e isolamento geográfico, apresenta um cenário complexo para os produtores.
Aqui, as questões vão além da produção e alcançam aspectos humanos, como a educação e a qualidade de vida dos colaboradores. No entanto, o desafio do Pantanal também é um exemplo de como a atividade pecuária pode coexistir com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Nesse contexto, surgem vozes que, apoiadas por financiamento externo, questionam o desenvolvimento da região. Esses grupos levantam bandeiras de preservação e sustentabilidade, mas suas intenções podem ser obscuras.
Afinal, ao impedir o avanço do desenvolvimento no Pantanal, eles podem inadvertidamente contribuir para o declínio da qualidade de vida da população local, forçando-a a deixar suas terras em busca de melhores condições.
É fundamental diferenciar entre o cuidado ambiental legítimo e a obstaculização do progresso. Dados concretos, como o aumento de áreas florestais e a preservação de pastagens, mostram que a busca pelo desenvolvimento sustentável está presente na mentalidade dos produtores pantaneiros.
É importante que decisões e intervenções sejam baseadas em informações sólidas e em diálogo aberto com todas as partes interessadas, incluindo os próprios moradores da região.
Nesse sentido, cabe aos líderes políticos e representantes do Estado buscarem soluções equilibradas.
A intermediação de conflitos e a promoção de políticas que incentivem um desenvolvimento sustentável, respeitando as particularidades de cada modalidade pecuária, são passos cruciais para assegurar o bem-estar da população local e o futuro do agronegócio em Mato Grosso do Sul.
No fim das contas, a busca por resultados deve ser acompanhada por um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a responsabilidade social.