Menos de um ano após o início dos transplantes de fígado na rede pública, Mato Grosso do Sul já ocupa a 4ª posição na lista entre os estados por milhão de habitantes.
Os dados foram divulgados pelo Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) que mostra que o Estado, entre janeiro e março de 2025, teve taxa de transplantes por milhão de população inferior apenas que o Distrito Federal, Paraná e Ceará.
O sistema estadual de saúde passou a realizar esse tipo de procedimento a partir de julho de 2024. Assim, a marca no ranking representa um grande avanço para a Saúde sul-mato-grossense.
Desde o início das operações, foram realizadas 45 cirurgias no Hospital Adventista do Pênfigo, tendo como responsável o cirurgião Gustava Rapassi e sua equipe.
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, afirmou que o resultado é fruto do compromisso do Estado e a ampliação do acesso ao procedimento.
“A habilitação da equipe e da unidade hospitalar permitiu que, em menos de um ano, alcançássemos uma posição de destaque nacional”, disse.
Para a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Claire Miozzo, o desempenho de Mato Grosso do Sul é consequência de planejamento, qualificação técnica e integração entre instituições.
“A implantação do transplante hepático é um marco para o Estado. Em pouco tempo, conseguimos estruturar um serviço eficiente, com equipe especializada e suporte hospitalar adequado, oferecendo o procedimento dentro do próprio território e garantindo mais segurança e conforto aos pacientes”, afirma Claire.
A disponibilização do procedimento promove a diminuição na necessidade de deslocamento para outros estados, além de fortalecer a capacidade resolutiva do Sistema Único de Saúde em Mato Grosso do Sul, além da ampliação de possibilidades de cuidado em casos graves de insuficiência hepática.
Em menos de um ano, MS é o 4º colocado nacional em transplante de fígado
Lista de espera
Mato Grosso do Sul tem 11 pacientes na lista de espera para um transplante de fígado, conforme dados até o mês de março de 2025.
Para transplante de rim, são 224 pacientes esperando, 3 para um coração novo e 363 à espera de transplante de córnea. No total, 601 pessoas esperam um órgão novo no Estad
Doação de órgãos
Alguns órgãos podem ser doados em vida, como rins, parte do fígado e parte do pulmão. Outro ponto delicado é quanto ao transplante de medula óssea, já que essa necessidade de compatibilidade total entre doador e receptor.
Após a morte, é possível serem doadas: as córneas; ossos; pele; medula óssea; valva cardíaca; coração; pulmões; pâncreas; rins; intestino delgado e fígado, mas cabe frisar que, segundo a lei 9.434/2007, regulamentada pelo decreto 9.175/2017, como a norma exige autorização de cônjuge ou parente maior de idade, até o segundo grau, a decisão final é da família.
Por isso, é preciso que ainda em vida as pessoas manifestem aos seus parentes e amigos mais próximos, a vontade de se tornar um doador.